Fala-se bastante, hoje e sempre, em amor à primeira vista e é preciso fazer logo um esclarecimento: é uma grandessíssima bobagem. Amor à primeira vista é uma coisa que nunca existiu, não existe e jamais existirá. Sei que sempre haverá por aí aqueles cidadãos rasteiros e irrefletidos que logo se exaltarão e sairão berrando frases repletas de pontos de exclamação acusando-me de ser um insensível ou até mesmo um traumatizado ou recalcado por pensar assim. Por isso, desde já inicio minha defesa alegando que, muito pelo contrário, faço tal afirmação na qualidade de severo defensor da plenitude do significado da palavra amor.
Certa vez, vi uma mulher que me causou imediatamente um desconcerto incomparável com tudo que eu já havia sentido por alguém “à primeira vista” até então. E é exatamente aí que mora o perigo. Atordoados pela taquicardia e pelo calor causados por aquele primeiro impacto, torna-se mais fácil esquecermos que o amor é uma emoção completa. Completa porque para caracterizá-lo é necessário o uso de mais sentidos. Além da primeira “vista” deve haver o primeiro cheiro, o primeiro toque, o primeiro gosto ou o primeiro som. Ou seja, confiar apenas na primeira vista e desprezar a perfeição de nossos sensos é não enxergar verdadeiramente. Vemos melhor quando usamos o corpo todo. O amor precisa da comunhão dos sentidos. E também precisa do tempo.
Falei sobre o tempo e explico: só o tempo é capaz de revelar nossas ilusões de ótica, porque geralmente vemos o que queremos ver. Pessoas carentes, em busca desesperada de companhia, se deixam enganar facilmente por estelionatários exatamente porque projetam ali um grande amor. Mas a verdade aparece com o tempo. Assim também são as amizades. Com o passar dos anos podemos facilmente discernir os verdadeiros amigos e os eventuais interesseiros.
O amor não existe na primeira vista, nem na segunda e nem na terceira. Não se deve ter pressa. Trata-se de um exercício de paciência que pode até parecer complicado mas que, aos poucos, vai se mostrando valioso e gratificante. É como um quebra-cabeça que vamos montando, a quatro mãos, colocando uma peça por dia. Com o passar do tempo já começamos a perceber ali a figura do amor, apesar de ainda haver muitos espaços vazios. Assim, com calma, continuamos posicionando as peças, preenchendo esses vazios, e o amor vai aparecendo cada vez mais, sua imagem vai se escancarando diante de nossos olhos tornando-se cada vez mais nítida. E sempre haverá espaço para colocarmos mais uma peça.
Certa vez, vi uma mulher que me causou imediatamente um desconcerto incomparável com tudo que eu já havia sentido por alguém “à primeira vista” até então. E é exatamente aí que mora o perigo. Atordoados pela taquicardia e pelo calor causados por aquele primeiro impacto, torna-se mais fácil esquecermos que o amor é uma emoção completa. Completa porque para caracterizá-lo é necessário o uso de mais sentidos. Além da primeira “vista” deve haver o primeiro cheiro, o primeiro toque, o primeiro gosto ou o primeiro som. Ou seja, confiar apenas na primeira vista e desprezar a perfeição de nossos sensos é não enxergar verdadeiramente. Vemos melhor quando usamos o corpo todo. O amor precisa da comunhão dos sentidos. E também precisa do tempo.
Falei sobre o tempo e explico: só o tempo é capaz de revelar nossas ilusões de ótica, porque geralmente vemos o que queremos ver. Pessoas carentes, em busca desesperada de companhia, se deixam enganar facilmente por estelionatários exatamente porque projetam ali um grande amor. Mas a verdade aparece com o tempo. Assim também são as amizades. Com o passar dos anos podemos facilmente discernir os verdadeiros amigos e os eventuais interesseiros.
O amor não existe na primeira vista, nem na segunda e nem na terceira. Não se deve ter pressa. Trata-se de um exercício de paciência que pode até parecer complicado mas que, aos poucos, vai se mostrando valioso e gratificante. É como um quebra-cabeça que vamos montando, a quatro mãos, colocando uma peça por dia. Com o passar do tempo já começamos a perceber ali a figura do amor, apesar de ainda haver muitos espaços vazios. Assim, com calma, continuamos posicionando as peças, preenchendo esses vazios, e o amor vai aparecendo cada vez mais, sua imagem vai se escancarando diante de nossos olhos tornando-se cada vez mais nítida. E sempre haverá espaço para colocarmos mais uma peça.